domingo, 31 de outubro de 2010

IGREJAS QUE O PASTOR CRISTIANO ESTEVE PREGANDO.wmv

PALAVRA DO PASTOR WAGNER TERUEL

".Em meio a tantas atividades da vida cotidiana, nós temos a responsabilidade de cuidar de nós mesmos, mantendo em nossas vidas as grandes praticas cristas, como a oraçao e a leitura bíblica." (Pr.Dr. Wagner Teruel)

".A Igreja de Deus que está no Brasil e Angola, aos santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos com todos os que em qualquer lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso." (1Co.1:2)

Uma cordial saudaçao a todos os visitantes de nossa pagina na Internet, e tambem a todos os membros da Diretoria nacional do Espaço Pentecostal, bem como aos Pastores e Obreiros; meu desejo é que o Deus dos céus lhes derrame bençaos sem medidas.

".Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto e aquilo." (Tg.4:15)
".Porque todos os nossos dias declinam por causa da tua ira; e acabamos os nossos anos como a um pensamento." (Sl.90:9).

É notavel como o tempo continua sua marcha inexoravel para a eternidade, e neste curso que nada nem ninguem o pode deter, passou-se a fazer parte da história da humanidade no ano de 2008 dando assim a abertura para o ano de 2009 e já acabou-se o primeiro mes, pois é, estamos em fevereiro, com todas as expectativas e incógnitas, maravilhas ou amargas surpresas que possa trazer consigo.

O que fazer? Ler novamente a Palavra que nos disse: ".acabamos com os nossos anos como a um pensamento." isto significa que é algo fulgaz, rápido e imprenscindível. Razao pela qual somos chamados a aproveitar muito bem o nosso tempo que nos resta, fazendo o que seja agradavelao Senhor Jesus Cristo, por isto tomo a liberdade de sugerir os seguintes passos para aperfeiçar-mo-nos na santidade:

1 - Incremente suas Oraçoes:
Nós já sabemos que a oraçao é um dialogo com Deus, e que por esta prática virá sobre nós grandes respostas e grandes bençaos, quer seja para nossa vida familiar, profissional, pessoal, sentimental ou espiritual.

E por este motivo devemos a cada dia aumentar e intensificar nosso tempo de oraçao a fim de adquirir maior fortaleza espiritual para podermos resisitir ao ataque do inimigo.

Paulo em Efesios capitulo 6 e versiculo 18 nos fala: ".Orando em todo o tempo, com toda oraçao e súplica no Espirito, e velando nele com toda a perseverança e suplica por todos os santos."

É possivel que por tantas coisas que fazer e pelas ansiedades que se nos apresenta no dia a dia deste mundo moderno estejamos obrigados a sermos muito precisos em nossas açoes e compromissos, conseguindo com ele que o tempo nos alcance para tudo. Porém tenhamos muito cuidado para nao restringirmos o tempo de oraçaoque temos diariamente diante do Senhor, pois da mesma maneira que em um jardim sem água as flores perecem, assim tambem o cristao que abandona ou mingua a oraçao, perece em sua visao e entusiasmo das coisas espirituais, convertendo-se em uma planta seca e sem fruto diante de Deus, sendo presa fácil de todas as tentaçoes e ataques do inimigo.

É por esta razao que Paulo disse aos de Tessalonica: ".Orai sem cessar." (1Ts.5:17). Dando-nos a entender quem em nós sempre deverá haver uma continua busca pelo tempo da oraçao, porque nao há lugar para as duvidas que este é o maior alimento para a alma.

2 - Esquadrinhar as Escrituras:
É bem possivel que a grande maioria dos cristaos tenham o bom hábito de ler cada dia as Escrituras Sagradas, tanto no lar, com na Igreja, ou ainda no trabalho, porem isto nao significa que estamos realmente esquadrinhando as Sagradas Letras, pois esta pratica talvez esteja reduzida ao simples ato devocional com uma tendencia ritualista, apesar de sim representar um aumento significativo de conhecimento, ou a conquista de rspostas a inquietantes perguntas que formulamos em nosso consciente.

Por isto é urgente a necessidade de nos aprofundarmos cada dia mais e mais no conhecimento da Palavra de Deus, mediante a uma maior investigaçao, assim estaremos nos preparando melhor diante de falsas ideologias religiosas, falsas seitas e doutrinas satanicas, que tem negado enfaticamente que Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Alem do mais, estamos plenamente identificados com a sábia açao dos cristaos de Bereia:
".e estes eram mais nobres do que os que estavam em Tessalonica, pois receberam a Palavra com toda atençao esquadrinhando cada dia as Escrituras para ver se estas coisas eram assim mesmo." (At.17:11).

3 - Guardem a Unidade:
Muitas vezes buscamos o que nao temos para podermos guardar, o que sentimos para nao termos o que buscar.

Esta é a grande verdade a respeito da unidade da Igreja do Senhor. Hoje, muitos chamados cristaos estao em busca da unidade. E, o fazem atraves de concilios, associaçoes e acordos gerais, porem nao é isto o que nos ensina as Sagradas Letras. A respeito disto o Apostolo Paulo nos declara: ".com toda a humildade e mansidao, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocaçao; um só Senhor, uma só fé, um só batismo." (Ef.4:2-5).

Esta bem claro entao que a Palavra de Deus nos ensina que nao temos que buscar a unidade mais sim que temos que guardar a que temos pela Graça de Deus. Sao de acordo com este texto sete laços inrrompíveis que mantem a Igreja de Deus unida por isto devemos nos sentir muito honrados e agradecidos por pertencer a este maravilhoso povo, nao sei voce mais sou feliz com meu Deus por pertencer a esta familia do Espaço Pentecostal:
1 - Um só Corpo
2 - Um só espírito
3 - Uma só esperança
4 - Um só Senhor
5 - Uma só fé
6 - Um só Batismo
7 - Um só Deus e Pai

Se tivermos um pouco de sentido comum, nos daremos conta que este é o grande segredo para nao nos deixarmos impressionar pelos tantos movimentos religiosos que estao a nossa volta. Nós juntos poderemos vencer qualquer modismo e consumismo religioso que cerca o povo de Deus a unidade é a chave. Mantenhamo-nos unidos e firmes neste principio e guardemos a unidade.

4 - Proclamemos a Palavra de Deus:
Se os cristaos da Igreja primitiva anunciavam com todo o animo a Palavra de Deus para um mundo com menos habitantes que o atual; ainda mais a nós aumentará a responsabilidade e a obrigaçao de proclamarmos as boas novas de salvaçao

Faça desta pergunta seu alvo:
".Voce já anunciou que Jesus Cristo é o único Deus para alguem hoje?"

Devemos estar identificados hoje mais que nunca com as Palavras do Nosso senhor Jesus:
".Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar." (Jô.9:4)

Que Deus faça de voce uma pessoa convicta no serviçoa Deus e na devoçao a sua Igreja

".com toda a humildade e mansidao, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocaçao; um só Senhor, uma só fé, um só batismo." (Ef.4:2-5).

Deus os abençoe ricamente



Pr.Dr. Wagner Teruel
Phd.Db.Dee.Mth.Mcr.Thb/Lic

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

VAMOS FAZER MISSÃO

  VENHA JUNTO DA IGREJA ESPAÇO PENTECOSTAL, FAZER A OBRA MISSIONÁRIA CONTRIBUA E DEUS IRA ABENÇOAR A SUA VIDA
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DVD 30 ANOS VOZ DA VERDADE - HORA DO SALVADOR

MISSÕES EVANGELICAS(CC)


    1.  MISSÕES EVANGÉLICAS (CC)



      Podemos ler em I Pedro 2:5 Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
      Vamos examinar somente a primeira parte deste versículo. Trata-se, como sabemos, duma carta que Pedro não dirigiu a nenhuma comunidade em especial, mas a todos os que estavam disperses, a todos os eleitos segundo a vontade de Deus o Pai.
      Portanto, esta carta também foi escrita para nós, e como destinatários da carta podemos dizer: “Nós também, como pedras vivas, somos edificados casa espiritual.”
      Comecemos pela expressão “edificar, ou construir a casa espiritual”.
      Para que serve uma casa?... Vejamos o que está por trás da semântica desta palavra.
      Desde os tempos mais remotos que o homem sentiu a necessidade duma casa. Uma casa que fosse uma protecção contra a adversidade do clima, que fosse o símbolo da sua crença ou do seu poder em determinada região, que fosse elemento de defesa contra os seus inimigos e armazenagem dos seus bens. Nos nossos dias, alguns destes conceitos foram ultrapassados, outros continuam no nosso subconsciente, tendo adquirido maior importância os aspectos estéticos ou de conforto e bem estar.
      No entanto, para se construir uma casa, é necessário um projecto. Mesmo nas casas mais simples e primitivas em que o seu proprietário era também o arquitecto, o engenheiro, e o construtor, esse projecto existia na sua imaginação. Primeiro tinha de pensar no que queria, para depois construir a sua casa.
      Nos meus trabalhos de engenharia, que normalmente complementam os trabalhos dos arquitectos, tenho ouvido estes queixarem-se da dificuldade que por vezes têm em trabalhar para os nossos emigrantes, porque estes voltam normalmente com ideias que não se adaptam nem ao nosso clima nem aos hábitos dos portugueses.
      Porque uns vêm da África do Sul e querem construir uma vivenda espaçosa e com cobertura quase plana. Outros vêm da Alemanha e querem um telhado muito inclinado, típico dos países frios, para aproveitar os sótãos. Outros querem uma vivenda estilo “maison ....
      O missionário é sempre levado a construir a nova “casa” de acordo com a sua experiência. Isso é natural e compreensível.
      Sobre o assunto, assim se referiu o teólogo e psicólogo Professor Orlando Caetano: “Missionar é como construir um edifício. Quem vem de fora e constrói uma casa, constrói-a geralmente conforme o estilo das casas do país ou região da sua procedência”.
      Quando um emigrante regressa a Portugal, com as novas ideias e novos hábitos adquiridos no país de acolhimento, a habitação que acaba por construir, é fruto do diálogo com o arquitecto, da adaptação das suas ideias à realidade nacional.
      No entanto, no caso do missionário, por vezes tal diálogo à muito mais difícil.
      O missionário, é sempre portador de determinada cultura que se manifesta através dos seus padrões morais, da sua liturgia e do seu comportamento.
      Mesmo que alguns se esforcem por ultrapassar os seus condicionalismos culturais, nem sempre tal é possível, não só porque como todos nós, o missionário tem a sua própria personalidade, como pelo facto das organizações que enviam o missionário, e principalmente os crentes que contribuem para o manter, esperarem que construa uma igreja que seja como que uma “fotocópia” da igreja mãe.
      E não é só esta a dificuldade. Portugal é um país onde o movimento protestante é relativamente fraco, com pouca experiência, e principalmente nas classes menos cultas, onde haja um significativo desnível entre a preparação cultural do missionário e a dos outros crentes, não é possível o diálogo que tenha correspondência ao dialogo entre o emigrante e o arquitecto no paralelo de ideias que tentei estabelecer.
      Assim, em muitas igrejas protestantes, a população acaba por se acomodar, recebendo a mensagem de Cristo acompanhada por uma invasão de conceitos culturais, sujeitando-se alegremente aquilo a que já ouvi chamar de “colonização cultural”.
      Se alguns aspectos dessas culturas importadas, se adaptam à realidade nacional, noutros casos penso que têm prejudicado o crescimento das igrejas protestantes em Portugal, pois o sistema que resulta na América ou na França, ou no Brasil, pode não resultar em Portugal.
      No entanto o problema não é só do nosso pais. É também de África por exemplo, onde se nota que as Igrejas que têm mais afinidades culturais com o povo africano crescem muito mais que as igrejas europeizadas. No entanto, o caso mais típico que observei foi na Índia, na Igreja Batista de Bombaim. Os nossos irmãos batistas costumam citar muitas vezes o caso do missionário Guilherme Carey que foi para a Índia em 1800 e tal e durante os primeiros 30 anos nenhum indiano se converteu, até que a certa altura a sua mensagem começa a ser aceite... Este caso tem sido citado como um exemplo de persistência e fidelidade ao Senhor.
      Depois do que observei na Índia, na Igreja Batista de Bombaim tenho uma opinião bem diferente. Penso que muitos dos nossos irmãos batistas do ocidente teriam dificuldade em identificar essa comunidade como uma igreja batista. Não me lembro se tinham órgão, mas lembro-me de que tinham era uma orquestra tipicamente indiana com os seus violinos e os seus instrumentos de percussão. Toda a liturgia era bem diferente do que estamos habituados a ver no ocidente.
      Quando me dizem que a mensagem de Guilherme Carey só foi aceite pelos indianos 30 anos depois da sua chegada à Índia, penso que foi porque ao fim desses 30 anos ele já tinha adquirido a necessária preparação para apresentar a sua mensagem de acordo com a mentalidade dos seus ouvintes.
      Mas então, qual a atitude correcta sobre o assunto? Se nesta passagem que lemos, Pedro não entra em mais pormenores, haverá outras passagem nas nossas bíblias que nos possam ajudar?
      Vejamos o que Paulo diz em I Coríntios 9:19/23
      Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais; e fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei; para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por meio de todos os meios, chegar a salvar alguns. Eu faço isto por causa do evangelho, para ser, também, participante dele.
      Penso que muito podemos aproveitar da experiência desta igreja em Corinto.
      Pela sua posição geográfica, Corinto era ponto de convergência de várias culturas, que alguns anos antes ninguém haveria de imaginar que se pudessem encontrar.
      Judeus, gregos, romanos.... numa mesma igreja em Corinto?! Como seria possível juntar pessoas com diferenças culturais tão vincadamente diferentes, na mesma igreja?
      Paulo tem a solução:
      Ele falava para os judeus, falava para os gregos e falava para os romanos....
      Vejamos qual a ideia que lhes quero transmitir com esta minha afirmação, dando particular ênfase à expressão “falar para”.
      Vi há tempos na televisão um programa em que se comentava a estratégia da propaganda dos vários partidos políticos. Achei interessante, pois no fim do programa, pedem a um técnico em comunicação para fazer os seus comentários.... Comentários que foram muito negativos.
      Dizia ele que os políticos se entusiasmam tanto na sua luta, que acabam por lutar entre si... falam entre eles e se esquecem do grande público, não aproveitando de forma útil o tal tempo de antena que lhes está destinado.
      Penso que o mesmo se pode passar em religião. Várias vezes tenho ouvido os crentes dizer: “Ele deve ser um pregador muito culto... deve falar muito bem, mas eu não percebi nada do que ele disse”.
      Tenho muito respeito pela cultura, mas por vezes confunde-se cultura com dificuldade de comunicação, ou dificuldade de identificação, cujo resultado é o afastamento do pregador daqueles que o ouvem.
      A teologia, assim como qualquer outra ciência, tem os seus termos próprios. O mesmo acontece aliás com a medicina, ou a engenharia, ou a agricultura, ou a pesca. Mas os termos técnicos servem para facilitar a comunicação e não para a dificultar. Somente devem ser utilizados quando forem compreensíveis para a grande maioria dos ouvintes. Parece que as técnicas de comunicação aconselham uma certa identificação com as pessoas a quem se quer transmitir a mensagem.
      Mas então, não foi isto que Paulo disse há quase dois mil anos?
      Paulo fez-se judeu para com os judeus, contou-lhes a sua experiência como judeu que era, utilizando certamente referências à Velha Lei e linguagem só perceptível aos judeus.
      Para com os que estavam sem lei, Paulo prescindiu da sua posição de judeu, prescindiu de toda a tradição para se identificar como gentio.
      Para com os fracos na fé, o apóstolo Paulo que todos conhecemos, fez-se como se fosse fraco na fé.
      E não somente Paulo... Temos também o exemplo de Jesus que nas zonas rurais empregou palavras mais simples e parábolas relacionadas com a vida do campo, e entre pescadores já a sua linguagem era um pouco diferente empregando exemplos que lhes eram familiares.
      Será que por vezes nos falta a identificação com aqueles a quem pretendemos transmitir a mensagem do Senhor? Ou tentamos transmitir essa mesma mensagem por meios testados noutros países que nada tem a ver com a nossa cultura? Para seguir o método de Paulo, a transformação terá de começar por nós próprios, através duma integração cultural no ambiente que nos rodeia.
      Mas voltemos à nossa passagem principal, à carta de Pedro. Dizia ele, que somos como pedras vivas ...
      Só há relativamente pouco tempo é que descobri o verdadeiro significado desta metáfora que Pedro empregou.
      Muitas vezes lia estas passagens em que somos comparados ás pedras duma casa e pensava. Bem, hoje já não construímos casas com pedra, mas isto corresponde aos blocos ou aos tijolos.
      Era esta a ideia que eu tinha, até que certo dia visitei o mosteiro da Batalha e ouvi a explicação do facto das pedras estarem todas marcadas. A marca é da pedreira onde a pedra foi talhada e do responsável pelas suas características, tanto a sua forma como a sua resistência.
      Só aqui é que eu compreendi a grande diferença entre um bloco ou tijolo dos nossos dias e a pedra a que Pedro nos comparou.
      Mas será lícito realçar este pormenor? Será que era essa a ideia de Pedro quando nos comparou às pedras dum edifício?
      Onde é que já ouvi falar nas diferentes funções das várias pedras dum edifício?  .... Na pedra que os edificadores rejeitaram... Na pedra angular ou pedra de esquina.... Na pedra de fundação sobre a qual iria ser levantado o edifício?...... Pedro também, certamente que se lembrava destas expressões quando estava a escrever a sua carta.
      Numa habitação dos nossos dias, pode-se partir uma parede, abrir uma passagem, retirar um ou mais blocos, sem afectar a segurança do edifício. No entanto, num grande templo construído de pedra, não é possível retirar qualquer uma das pedras sem afectar seriamente a segurança do templo, porque enquanto os tijolos nos nossos dias, só servem para preencher um espaço, pois o que aguenta com os pesos são os pilares e as vigas, já as pedras, pelo contrário, têm funções resistentes. Cada pedra aguenta com o peso das outras. Não foi o mesmo Paulo que na sua carta aos efésios lhes disse “...suportai-vos uns aos outros em amor”?
      Os blocos e os tijolos dos nossos dias, são todos iguais, saíram todos do mesmo molde e podem ser escolhidos aleatoriamente para os seus lugares.
      Uma pedra dum templo foi talhada para determinada função. Ela é diferente das outras. Ela é insubstituível na sua função. Há um lugar que lhe está destinado e que só ela poderá preencher.
      Cada crente da Igreja de Cristo é diferente de todos os outros.
      Certamente que todos temos ainda muito que crescer na nossa fé. Crescer sim, mas em que direcção?
      Será desejável o crescimento em direcção a uma normalização dos crentes, a uma acomodação a padrões de comportamento que tendam a uniformizar tudo e todos?
      Será que as pedras vivas deverão ser moldadas e acomodadas a uma única forma? A forma da nossa linha doutrinária ou a forma da nossa denominação?
      Ou pelo contrário, será o crescimento em direcção à forma que o Grande Arquitecto entendeu ser a mais conveniente para cada uma das Suas pedras? Penso que essa unidade na diversidade é das principais características do genuíno cristianismo.
      Ouvi já há alguns anos num Sínodo da Igreja Presbiteriana a afirmação dum Pastor visitante de que “a Igreja deve ser governada pela ditadura de Deus.”
      Até aqui tudo bem... Penso que em princípio, todos concordamos com tal afirmação, mas como a poderemos pôr em prática? Onde está a voz de Deus para a podermos seguir? Estará nalgum “infalível”? Estará nalgum alto dirigente com títulos mais ou menos pomposos?
      Parece-me que a responsabilidade de falar em nome de Deus, de ser o fundamento deste edifício a que chamamos Igreja Presbiteriana, é demasiado grande para que a possamos relacionar com uma pessoa, por mais consagrada que seja, e nessa opinião não estamos sós, pois muitas outras igrejas genuinamente reformadas também têm a mesma opinião.
      Pensava no assunto no meu gabinete de trabalho, quando por acaso resolvi ligar o gravador com uma cassete dum coro evangélico. Eram vozes masculinas e femininas, vozes mais agudas ou mais graves, vozes desencontradas que se complementavam e formavam um majestoso coral. Talvez fosse a resposta do Senhor.
      As discussões, por vezes acaloradas, nos sínodos e nos conselhos das comunidades, com várias opiniões, por vezes desencontradas, por vezes contraditórias, são o que mais se assemelha à voz do Senhor que por vezes não temos sensibilidade para compreender, pois procuramos, ouvir somente algumas vozes, perdendo a visão do conjunto.
      Se somos diferentes uns dos outros, graças a Deus pelas diferenças se estiverem ao serviço do Senhor, se formos ferramentas nas suas mãos. Um carpinteiro não poderá trabalhar com 100 serrotes ou 100 martelos. É melhor ter meia dúzia de ferramentas todas diferentes.
      Não vamos transformar em simples blocos sem personalidade, as pedras a que o Espírito do Senhor deu forma, deu inteligência, deu uma nova personalidade e preparou para determinada finalidade na Sua Obra.
      São pedras diferentes. São pedras vivas que o Senhor talhou, que o Senhor preparou para a sua obra. Talvez a preparação que o Senhor lhes deu tenha, começado há muitos anos, talvez mesmo antes da vossa conversão.
      A minha oração ao Senhor e o apelo que vos deixo é que ocupem os vossos lugares como pedras vivas, no grande templo que o Senhor tem em construção. Que estejam conscientes de que foram preparados para determinada função na obra do Senhor.
      Tudo o que somos, não só nos nossos conhecimentos teológicos, como na nossa preparação espiritual e intelectual, a experiência adquirida através dos tempos, faz parte da preparação que o Senhor nos concedeu. Fomos talhados pelo Senhor, para a construção do grande edifício que é a sua Igreja. Mas mais do que isso, somos todos peças únicas.
      Sem a colaboração de cada um de nós, ficará um espaço vazio que poderá afectar a segurança do edifício. Um espaço vazio que só tu, meu irmão ou irmã, poderás preencher.
      Que o Senhor desperte em cada um de nós o verdadeiro zelo pela sua Igreja.








      Missões evangélicas no início do século XXI (CC)
      1. Introdução:

      Há pouco tempo, vi na página Uniãonet, o seguinte apelo dum pastor brasileiro: “A Paz do Senhor Jesus para todos, tenho um chamado de Deus para abrir uma igreja em Portugal... Quero saber dos irmãos, se é difícil alugar um pequeno ponto para um templo... Aguardo respostas ansioso.”
      Preferi responder pessoalmente e não por intermédio da Uniãonet. Mas, como aliás prometi a esse irmão, considerando que a questão levantada interessa a muitos outros crentes, resolvo abordar o assunto na minha página. Escrevo estas linhas, pensando em primeiro lugar nos pais e nos pastores de muitos missionários brasileiros que têm vindo ultimamente para Portugal.
      Muita coisa mudou já no fim do século XX, e neste início de século XXI. O missionário já não é a pessoa com boa preparação, a nível superior, que fazia uma longa viagem por mar, e ao fim de alguns meses chegava ao seu destino, de onde só poderia regressar no ano seguinte, quando os ventos fossem favoráveis. Nesse novo país, muitas vezes colonizado pelo país de origem do missionário, onde gozava dos privilégios de cidadão do país ocupante, ele difundia a sua fé, geralmente sinónimo de civilização, o que, nesse contexto histórico, era o mesmo que dizer, de europeização.
      Já em fins do século XX, começam as mudanças, e neste início do século XXI, temos uma realidade bem diferente. Já não há colónias nem países distantes. Pela Internet, podemos “entrar” nas casas das pessoas em qualquer parte do mundo em alguns minutos. As grandes viagens de muitos meses demoram agora algumas horas, ao fim das quais é possível telefonar para dizer: “Já cá estou. Fiz boa viagem.”
      Mas as alterações verificam-se também no trabalho missionário. Agora é mais fácil ser missionário, e o número de missionários aumentou muito, mas também perdeu muito em prestígio e qualidade.
      Duma maneira geral, o missionário pode “cair” para dois extremos, que iremos tentar examinar em primeiro lugar, ou o isolacionismo, ou a sua subordinação às “multinacionais de evangelismo” que limitam e condicionam a sua acção como pregador do Evangelho. De seguida iremos buscar a orientação bíblica para a obra missionária.

      2. Isolacionismo:

      2.1 O que é o isolacionismo:
      Considero como isolacionismo, a situação do missionário que actua isolado, ignorando todos os outros missionários que o antecederam, e todas as igrejas já implantadas no país onde vai exercer a sua acção. Nos nossos dias, em praticamente todo o mundo, já há igrejas evangélicas que têm a sua organização e os seus planos para a evangelização. Igrejas que certamente conhecem melhor do que ninguém a realidade dos seus próprios países. Além disso, há organizações de coordenação e apoio às várias igrejas evangélicas, como é o caso, em Portugal, da AEP (Aliança Evangélica Portuguesa) ou o COPIC (Conselho Português de Igrejas Cristãs), ou em Moçambique o “Conselho Cristão de Moçambique”, etc.
      Um missionário do tipo isolacionista, tem tendência a actuar como uma espécie de “D. Quixote de la Mancha”, desfasado da sua época, ignorando as outras igrejas evangélicas, como se ele fosse o primeiro a pregar o Evangelho, ou o melhor de todos, ou o mais verdadeiro, assumindo por vezes atitudes que acabam por prejudicar o Evangelho, tentando implantar igrejas onde houver maior receptividade, o que geralmente acontece nos locais já evangelizados, acabando por fundar igrejas com prejuízo das mais antigas, desviando os crentes das suas antigas igrejas.

      2.2 Motivos do isolacionismo:
      Vários podem ser os motivos desta atitude de certos missionários. Pelo que tenho observado em Portugal, posso citar algumas causas que tenho observado em missionários que vêm do Brasil:

      1) Procura dum melhor nível de vida. Principalmente em relação aos missionários das regiões mais atrasadas do norte do Brasil, que têm uma “chamada do Senhor” para pregar o Evangelho, não no interior do Brasil nem em África, mas em Portugal, e que ao chegar a Portugal preferem pregar em Lisboa ou nas regiões mais desenvolvidas e não nos distritos onde ainda não há nenhuma igreja evangélica. Claro que todos têm o direito de procurar melhor nível de vida noutro Estado do Brasil ou em Portugal, mas nas conversas que tenho com os brasileiros das mais diversas profissões, que imigraram para Portugal, verifico que todos vieram procurar melhor nível de vida, excepto os missionários que se sacrificaram para vir evangelizar Portugal.

      2) Mentalidade sectária que o leva a considerar a sua denominação como a melhor ou a mais verdadeira, quando não, a única que pode dar a salvação, levando-o a afastar-se de todas as outras igrejas evangélicas.

      3) Pastores que pela sua maneira de pregar e pelo seu temperamento autoritário e conflituoso, tantos problemas arranjaram com as suas igrejas no Brasil, tantas vezes mudaram dum Estado para outro, que apesar do Brasil ser tão grande, conseguiram “acabar o Brasil” e tiveram de vir para Portugal.

      4) Jovens que sempre viveram “dentro de suas igrejas”, que nada conhecem do mundo real dos nossos dias e que vêm iludidos para Portugal e outras partes do mundo, pensando organizar uma igreja com base nos cânticos e nos testemunhos, sem a necessária preparação teológica e cultura geral e sem uma profissão para poderem sobreviver. Esses geralmente mantêm-se enquanto houver ajuda económica das igrejas que os enviaram e regressam ao Brasil quando a ajuda não for suficiente, pois não estão preparados para trabalhar e sobreviver em ambiente secular. Tarde demais, acabam por verificar que os seus planos para organizar uma igreja com base na música, com a mesma facilidade com que o fazem em algumas regiões do Brasil, já não funciona tão bem, em ambientes onde o povo é mais desconfiado, o nível cultural mais elevado e já não há tanta atracção pelo folclore musical das nossas igrejas. Também as contas que faziam da sua sobrevivência com os dízimos, já não funciona tão bem como nas regiões mais atrasadas do Brasil. Há missionários que estão há anos em Portugal, sem conseguir evangelizar ninguém e não têm iniciativa ou preparação para arranjar um emprego.

      3. Missionário ao serviço da Globalização:

      Nos últimos tempos, muito se tem falado de globalização, ou mundialização, ou internacionalização, fenómeno para o qual ainda não se arranjou uma definição aceite por todos, mas segundo alguns, não é coisa nova, pois começou nos últimos 500 anos, com as grandes viagens dos navegadores portugueses e espanhóis, que “encurtaram o mundo” e aproximaram povos que antes nem sabiam da existência uns dos outros.
      Mas é nos últimos tempos, principalmente na década de 80, quando a tecnologia da informática se associou à das telecomunicações, que mais se nota a influência da globalização, que alguém já definiu como a ordem absurda em que o dinheiro é a única pátria, ou desse monstro sem rosto e sem princípios éticos, segundo afirmou o Dr. Mário Soares. Mas afinal, se temos dificuldade em dizer o que é propriamente a globalização, todos sentimos os seus efeitos no mercado de trabalho, nas empresas transnacionais, no meio ambiente, etc. Pessoalmente, penso que a globalização é um fenómeno inevitável neste século que agora se inicia, e é neutra, não é boa nem má, mas infelizmente temos sentido mais as suas características negativas do que as suas vantagens. Já muito se tem escrito sobre o assunto e não é minha intenção acrescentar mais alguma coisa, mas sim relacionar a globalização com o que se está a passar com as nossas igrejas.
      Será possível estabelecer um paralelo de ideias com o que se passa com o comércio tradicional e as pequenas indústrias que vão sucumbindo sem poder competir com as grandes multinacionais e o que se passa com as nossas igrejas evangélicas?
      Vejamos algumas afirmações do Prof. Luiz Roberto Lopez no seu artigo “Globalização - A história interactiva”. Embora ele se refira à globalização em geral, será que a religião não estará também incluída nessas afirmações?

      1) “Globalização implica uniformização de padrões económicos e culturais em âmbito mundial.” Aconselho a ler o meu artigo “Evangelho e Cultura”. Temos também notado tais efeitos da uniformização cultural e cultual na liturgia e nas pregações, que geralmente têm mais a ver com hábitos culturais do ocidente do que com o genuíno Evangelho de Jesus. Refiro-me tanto às tradições católicas como protestantes, “evangélicas” ou ortodoxas. Os que se consideram evangélicos, estão prontos a criticar as vestes do sacerdote católico que nada tem a ver com a cultura dos nossos dias, mas defendem o casaco (paletó) e gravata no interior de África ou do Brasil. Por vezes esquecemo-nos de que o nosso Mestre nasceu e viveu na Ásia Menor, onde pregou uma mensagem que nada tem a ver com a cultura do continente europeu ou americano.

      2) “Historicamente, ela (a globalização) tem sido indissociável de conceitos como hegemonia e dominação, da qual foi sempre, a inevitável e previsível consequência.” Quase todos os novos movimentos religiosos têm a sua sede na América, como é o caso das testemunhas de Jeová, da igreja Sabatista, e até igrejas que se declaram como independentes, sofrem grande influência das cúpulas americanas, como é o caso das igrejas batistas portuguesas que estão divididas em Convenção e Associação, porque as organizações americanas que os apoiaram estão também divididas e ainda mantêm missionários em Portugal. No caso da Convenção Baptista Portuguesa, até as lições de Escola Dominical são traduzidas de revistas americanas, embora com uma certa preocupação com a transculturação nem sempre suficiente.

      3) “Ao longo do século XX, a globalização do capital foi conduzindo à globalização da informação e dos padrões culturais e de consumo.” É mais fácil as nossas revistas evangélicas publicarem artigos traduzidos do inglês do que artigos escritos por portugueses ou brasileiros, e em muitos casos, as nossas revistas evangélicas “portuguesas” ou “brasileiras”, têm de passar por uma espécie de censura, antes de ter o “imprimatur” comprovativo de estar conforme o pensamento das elites religiosas, necessário para a sua publicação. Poderíamos também citar a espécie de “cânon” da literatura utilizada ou “aconselhada” em muitos dos nossos Seminários de Teologia. Também, quem se der ao trabalho de folhear os nossos hinários poderá ver qual a percentagem de hinos escritos originariamente em português, quais as traduções e qual a língua original dos hinos.

      4) “A informação global é a manipulação da informação para servir aos que controlam a economia global.” Talvez ainda mais perigosa do que a globalização da economia, será a globalização da informação em geral, com suas consequências no pensamento, na ética e também na religião, se é que é possível dissociar todos estes aspectos do nosso pensamento.

      Penso que as igrejas evangélicas brasileiras têm feito um grande esforço na obra missionária nos últimos anos, atitude digna de louvor, mas nem sempre tais esforços têm sido bem dirigidos, pois muitas vezes encaminham os seus jovens para organizações que embora utilizando nomes como “xxx brasileira” ou “yyy brasileira”, de brasileiras têm somente o nome, pois na realidade são as tais “multinacionais de evangelismo” dirigidas e fortemente controladas por estrangeiros ou “estrangeirados”, ao serviço duma política de direita, geralmente relacionada com o imperialismo norte-americano. Outras organizações utilizam os nomes de “mundial” ou “universal”, mas a sua sede é na América, e se observarmos quem são os seus principais dirigentes ou onde estes estudaram, facilmente se verifica que se trata de mais um “gato escondido com o rabo de fora”.
      Uma elevada percentagem desses “missionários”, são jovens sem preparação, para quem a obra missionária foi a alternativa ao desemprego, pois as tais “multinacionais de evangelismo” oferecem o título de missionário depois dum “curso de teologia” de cinco meses, nos quais aprendem a apelar à contribuição e ao dízimo e aprendem a escrever cartas muito “espirituais” em que pedem ajuda espiritual, pedem para “segurar a corda”, pedem orações e terminam com a indicação do número da conta bancária.
      Sob o aspecto económico, os jovens “missionários” ficam sob a responsabilidade das suas igrejas que têm de garantir a sua subsistência, mas passam a actuar de acordo com a rígida autoridade dessas organizações. Nos novos países, actuam muitas vezes com flagrante desprezo pelas outras culturas que consideram inferiores e tentam denegrir (veja os artigos sobre a Índia), e as igrejas que conseguem implantar, muitas vezes à custa das antigas igrejas evangélicas desses países, ficam sob autoridade dessas “multinacionais de evangelismo”, certamente ao serviço duma política de direita, apresentando um “evangelho” ao serviço da globalização. Certamente que os jovens com pouca preparação, serão os mais indicados para tais organizações, principalmente os que não têm uma profissão, pois assim serão pressionados a uma maior lealdade aos seus patrões, e se faltar o apoio económico de suas igrejas, geralmente regressam ao Brasil, pois não têm uma profissão para que possam sobreviver.
      Não posso deixar de lançar este alerta aos responsáveis pelas igrejas de todo o nosso mundo lusófono.
      Parece que esse “monstro sem rosto e sem princípios éticos” a que chamamos de globalização, que já controla as economias dos vários países, está também a apoderar-se das nossas igrejas evangélicas.

      4. Qual a solução?

      Certamente que a obra missionária não pode parar, bem pelo contrário, deverá ser repensada e incentivada. Mas onde buscar a orientação para a obra missionária dos nossos dias?
      Como sempre, é na Bíblia, em especial no livro de Actos e nas cartas de Paulo que temos a solução.
      Referi-me aos dois casos extremos. Por um lado o isolacionismo e por outro o missionário ao serviço da globalização. Mas graças a Deus, que a salutar evangelização e os verdadeiros Missionários ainda existem nos nossos dias. Comecemos por examinar algumas passagens bíblicas.

      II Coríntios 8:16/19 Mas, graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito, pois aceitou a exortação, e muito diligente partiu voluntariamente para vós, e com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas, e não só isso, mas foi, também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nesta graça que por nós é ministrada, para glória do mesmo Senhor, e prontidão do vosso ânimo.

      Filipenses 2:19/20 E espero no Senhor Jesus que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios, porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado.

      I Tessalonicenses 3:2 E enviámos Timóteo, nosso irmão e ministro de Deus e nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé.

      II Coríntios 12:17/19 Porventura aproveitei-me de vós por algum daqueles que vos enviei? Roguei a Tito, e enviei com ele um irmão. Porventura Tito se aproveitou de vós? Não andámos, porventura, no mesmo espírito, sobre as mesmas pisadas? Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.

      Poderíamos ainda mencionar Efésios 6:21/22, Colossences 4:7/14..
      Penso que depois duma primeira época em que Paulo e outros apóstolos foram dirigidos somente pelo Espírito Santo nas suas viagens missionárias, seguiu-se uma segunda época, dezenas de anos mais tarde, na história do cristianismo, depois dos anos 50 e 60, em que já havia umas poucas igrejas espalhadas por todas as províncias do grande Império Romano.
      Estas passagens bíblicas que mencionei, de há quase 2000 anos, referem-se a essa segunda época, em que as igrejas enviavam os seus missionários que eram dirigidos às novas igrejas, sempre com uma espécie de carta de recomendação, numa época em que não havia cartas de correio nem telefones nem internet. Era isso, esse “certificado de qualidade”, que diferenciava os primeiros missionários cristãos dos judaizantes vindos do Templo de Jerusalém.
      Esse foi também o método utilizado por muitos Missionários brasileiros que vieram trabalhar para Portugal e deram um valioso contributo para o Evangelho, estreitando os laços de amizade e sã cooperação entre as nossas igrejas. E não só do Brasil, pois lembro-me dum jovem casal de missionários americanos me ter dito que vieram enviados por uma pequena igreja americana, não para fundar novas igrejas, mas para oferecer a sua cooperação às igrejas evangélicas portuguesas.
      Graças a Deus que até na própria América ainda há verdadeiras igrejas evangélicas que não se vergaram perante as pressões da globalização e que sabem ser Igreja nos momentos mais difíceis, como é o caso da Igreja Metodista Americana (Ver o artigo A Paz precisa de uma oportunidade). Um pouco por todo o mundo, ainda há algumas igrejas que sabem ser o sal da terra e a luz do mundo, que sabem ser Igreja, uma referência do pensamento de Cristo para as nações dos nossos dias, enquanto a maioria das igrejas ditas “evangélicas” continua entretida com a preservação das suas tradições litúrgicas e do seu interessante folclore religioso, pairando entre o céu e a terra, como se não estivessem no nosso mundo ou não fossem do nosso tempo, ou já foram absorvidas pela globalização, tornando-se mais um instrumento ao serviço do mais rico ou do mais forte.
      Os missionários brasileiros com mais preparação que conheço, não vieram como se fossem o D. Quixote do século XXI, para “descobrir” Portugal, mas pelo contrário, eles colocaram-se humildemente ao serviço das suas igrejas no Brasil que contactaram com a mesma denominação em Portugal e sujeitaram-se à visão de evangelização dessas igrejas, tal como Tito ou Timóeto se colocaram à disposição das suas igrejas.
      Evangelização é obrigação inalienável das igrejas. Não convém que seja acção individual, nem que fique a cargo das “multinacionais de evangelismo”, geralmente influenciadas por motivos políticos e económicos.
      Muitas vezes se tem apresentado o exemplo de Paulo para justificar que as primeiras igrejas devem ser implantadas nas principais cidades, mas julgo que o principal motivo de Paulo ter implantado igrejas, por exemplo em Hierápolis, Filadélfia, Sardes, Tiatira, Pérgamo Trôade etc, foi simplesmente a via romana que Paulo percorreu e que ligava todas estas cidades, numa época em que as viagens eram difíceis e perigosas. Como resultado dessa precipitada interpretação das Escrituras, lembro-me de que em meados do século passado, em Moçambique, havia várias igrejas de língua portuguesa das várias denominações, todas somente na sua capital, pois todas queriam “seguir o exemplo de Paulo”. Mas as antigas organizações missionárias do protestantismo histórico, organizaram o “Conselho Cristão de Moçambique”, que de certa maneira orientava as várias igrejas a evangelizar em determinada área do país, num contexto histórico em que o termo missão pressupunha não só a parte religiosa, como a existência duma escola ou dum pequeno posto de assistência médica.
      Penso que a obra missionária não pode ignorar as realidades dos vários países, que só as igrejas desses países conhecem bem, assim como a especificidade da nossa época.
      Como dizia um experiente Missionário brasileiro na Austrália, “... temos de voltar a reanimar o órgão estabelecido por Deus para este trabalho, a igreja local. Não a convenção, não a instituições paralelas, mas somente a igreja”.

      CONFERÊNCIA MISSIONÁRIA - Geralmente é realizada uma vez no ano e deve ser feita com objetivos claros e específicos, e não como mais uma festa da Igreja Local (Deve ser diferente e de caráter estritamente missionário).

      Não se deve tratar de qualquer outro assunto que não seja missões nestes eventos, afim de não descaracterizá-lo. Foram em conferências missionárias que muitas chamadas foram confirmadas, e muitos foram despertados para um maior envolvimento com missões. O que fazer para se promover uma conferência missionária?

      1) Convidar preletores que tenham uma verdadeiro envolvimento com missões - isto é essencial se você quiser ter uma verdadeira conferência MISSIONÁRIA. Caso não conheça nenhum você pode pedir ajuda as Agências Missionárias.

      2) Se possível, trazer missionários para enriquecer a conferência com suas experiências e testemunhos.

      3) Deve-se ter o cuidado de que tudo o que ocorrer nesta conferência tenha realmente um fundo missionário, de preferência destacando os povos não alcançados, e que contribua para o ambiente espiritual do culto.
      4) A ornamentação da igreja com bandeiras de países, cartazes com fotos e dizeres missionários é importante para que o conferencista e os membros possam ver missões para todo lado que olharem.

      5) Os hinos devem ser missionários. Conferências e cultos missionários não são ocasiões propícias para se trazer muitos cantores, ou dar prioridade a grupos locais que cantam em todos os cultos da igreja, pois o principal são os testemunhos dos missionários, a projeção de informações e a preleção. Os cantores devem ser poucos e que tenham hinos missionários para não desviar o culto do seu propósito principal, que é louvar ao Senhor e promover despertamento missionário.

      6) Promover a arrecadação de recursos (ofertas) para a obra missionária. Esta ocasião é propicia para o propósito de fé, que é uma oferta especial a ser entregue em um ou mais meses. Também se pode promover cantinas, venda de artigos missionários e outros como meio de arrecadar mais recursos para missões.

      7) Estar sensível a voz do Espírito Santo, no tocante a confirmação de chamadas missionárias é primordial.O dirigente deve sempre ser alguém cujo coração esteja realmente envolvido com missões. Não se deve dar a direção do culto missionário a alguém que não vá dirigi-lo conforme as instruções acima.

      8) O diretor de missões deve sempre estar atento ao que acontece no mundo missionário para trazer à igreja notícias atualizadas do que está acontecendo no campo.

      9) os relatórios missionários devem ser lidos para que a igreja saiba como estão sendo utilizadas as ofertas.







      A crise financeira e as missões
      A atual crise financeira mundial atingiu, em muitos dos países industrializados, um nível que não víamos havia várias décadas. Com isso, muitas pessoas estão perdendo grande parte do que investiram no mercado de ações. Em várias nações, as taxas de desemprego estão batendo recordes. Então muita gente procura desesperadamente “segurar” aquilo que tem. É como diz meu pai:
      “Pegam tudo o que podem e guardam tudo o que pegam.”
      Enquanto isso, Deus procura fiéis que se disponham a dar-lhe tudo o que possuem, consagrando a vida à expansão do seu Reino.
      Já estou servindo a Deus há muitos anos, praticamente durante metade de minha vida, atuando como missionário e como mobilizador de obreiros de países latinos. Por isso, creio ter autoridade para afirmar que nunca houve, nem haverá, desemprego no campo missionário. Contudo ninguém precisa aceitar isso só de minha boca. Mais de dois mil anos atrás, o próprio Jesus disse que “os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara” (Mt 9.37,38). Então, de acordo com a Bíblia, parece que a falta de obreiros é um fato espiritual intemporal. Entretanto não devemos nos desanimar, nem parar de orar para que Deus envie trabalhadores para a seara, já que assim estaríamos desobedecendo a ele.
      Todos os anos, tenho a oportunidade de visitar nossos missionários em várias partes do mundo e constato, sem exceção, que sempre há um grande déficit de obreiros. A qualquer lugar que eu vá – seja nas grandes cidades da Ásia ou em pleno deserto do norte da África – o clamor é o mesmo:
      “Mandem mais obreiros!”
      Como Enviar Mais Obreiros
      Orar ao Senhor, pedindo-lhe que mande trabalhadores!
      “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara.” (Mt 9.38.) São bem poucas as vezes em que Jesus nos dá instruções sobre o que devemos pedir em oração. No caso desse verso, ele não se limita a ensinar que devemos orar para que Deus envie obreiros. Na verdade, ele usa o termo “rogai”, ou “clamai”, ou “intercedei” para que o Senhor da seara mande trabalhadores para o campo.
      Joy Dawson, que trabalha com a missão JOCUM, certa vez disse o seguinte:
      “Deixar de orar é um pecado gerado pelo orgulho. É achar que podemos realizar algo sem Deus.”
      Quantos crentes realmente entendem esse princípio e estão orando diligentemente, ou seja, (clamando) a Deus para que ele envie trabalhadores para a seara? Receio que sejam bem poucos. No corpo de Cristo, existe muito orgulho e autossuficiência. A igreja está envolvida com mil realizações dentro do contexto das suas quatro paredes. Entretanto tem se esquecido dos milhões de pessoas que se acham fora delas e que ainda não ouviram o evangelho. E esses milhões só ouvirão a mensagem de Cristo se entendermos que precisamos interceder para que Deus envie obreiros à sua seara e considerarmos a possibilidade de nós mesmos irmos.
      O fato mais interessante sobre a oração e a intercessão é que, muitas vezes, nós somos a resposta de nossa petição. Alguém já disse que devemos ser cautelosos quando orarmos a Deus, pedindo que ele envie trabalhadores para sua seara. É que poderemos ouvir a seguinte resposta: “Está bem; vá você!” Ter a visão correta
      Será que estamos enxergando os fatos corretamente? Nossos olhos físicos e espirituais se acham abertos para o mundo que nos cerca? Em outra ocasião, Jesus falou sobre a necessidade de erguermos os olhos para vermos “os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo 4.35). A meu ver, ele quer dizer que precisamos deixar de ser egoístas e parar de olhar só para nós mesmos. George Otis Jr. afirmou o seguinte:
      “Nós só teremos sucesso se nos identificarmos com a visão e o coração do Senhor Jesus.”
      E o próprio Jesus disse: “Quem quiser preservar a sua vida, perdê-la-á; e quem a perder de fato a salvará” (Lc 17.33).
      Jesus veio ao mundo para buscar e salvar o perdido. E, passados todos esses séculos, o propósito de Deus ainda não mudou, nem a sua estratégia. O desejo dele é que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3.9). Analisando o mundo hoje, constatamos que a vontade de Deus não está sendo feita aqui. E a culpa disso, em parte, é nossa; é da Igreja.
      Alguém já disse que “esta geração de cristãos é responsável pelas almas desta geração”. Deus não irá pedir contas a nós da geração passada, nem da próxima que ainda não nasceu, mas da nossa. Jesus ordenou que fôssemos ao mundo inteiro e pregássemos o evangelho a toda criatura. Creio que podemos afirmar que a maioria dos crentes hoje não está se identificando com a visão e o coração de Jesus com relação às multidões. Parece-me que a maior parte dos cristãos está mais preocupada com o próprio bem-estar, com seus investimentos no mercado de ações, etc. Não estão voltados para aquilo que interessa a Deus.
      Pelo que diz a Palavra de Deus, uma parte da solução do problema da escassez de trabalhadores na seara está em “erguermos os olhos”, em termos a visão correta da situação. Em suma, precisamos ter a mesma perspectiva de Deus. Isso implica tirarmos os olhos de nós mesmos e os colocarmos em um mundo que necessita de nós. Implica ainda reconhecer que Deus também precisa de nós para realizar sua vontade na Terra. Ele quer usar nossa vida para a concretização de seus propósitos. Sem Deus, não podemos fazer nada. Sem nós, ele não irá fazer nada.
      Encher-nos de compaixão
      Como o Espírito Santo habita em nós, não podemos evitar sentimentos de compaixão, ao vermos as multidões. E compadecer-se delas implica entrar em ação. Ter tal sentimento e não agir é como ver um prédio em chamas, ter pena de quem está lá dentro, mas não fazer nada. A compaixão implica e exige ação.
      Em toda a Bíblia, vemos Deus como um Ser muito compassivo. Jesus mesmo, por várias vezes, ao ver as multidões, sentiu-se fortemente compadecido delas (Mt 9.36; 14.14; 15.32; Mc 1.41; 6.34; 8.2). E ele expressou essa compaixão curando os enfermos, restaurando a vista aos cegos, expulsando demônios, providenciando alimento para as multidões e ressuscitando mortos (Lc 7.13).
      Lemos em 1 João 3.17 que quem não expressa compaixão não tem em si o amor de Deus. E Judas afirma que compadecer faz toda a diferença (22). Meu irmão, você está fazendo alguma diferença no mundo? Bob Pierce, da missão “Visão Mundial”, expressou o seguinte anseio: “Que meu coração possa se quebrantar com as mesmas coisas que quebrantam o coração de Deus!”
      Conclusão
      “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara.” (Mt 9.36-38.)
      Após todos esses séculos, a estratégia que Deus estabeleceu para a evangelização do mundo ainda é a mesma: enviar trabalhadores para sua seara. E a necessidade de mais trabalhadores é grande, principalmente nos dias atuais, pois creio que estamos no final dos tempos. As nações (em grego, etnos) estão precisando urgentemente do nosso testemunho para que a tarefa da evangelização seja concluída e venha o fim (Mt 24.14).
      Meu irmão, se você estiver procurando um “trabalho”, uma atividade estratégica à qual valha a pena consagrar sua vida, pois ela alcança a eternidade, aceite o desafio de Deus. Venha atuar onde o trabalho é mais abundante, mais necessário e onde a necessidade de trabalhadores é mais premente.
      Por um lado, é crucial e indispensável que você tenha a certeza de que é Deus quem o está enviando para o campo missionário. É que essa convicção será o único fator que o fará permanecer ali, quando as dificuldades lhe sobrevierem. Por outro lado, como alguém já disse, “Quem tem um mandamento como ‘ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura’, não precisa esperar um chamado. Deus já fez o chamado!”
      Embora ambas as afirmações sejam verdadeiras, a realidade é que a escassez de obreiros hoje não se deve à falta de um chamado, nem a uma compreensão falha do mandamento divino. O fato é que as pessoas querem viver de acordo com a própria vontade. Por isso, não consultam a Deus sobre essa questão.
      Lembremos, então, que sempre houve – e sempre haverá – uma profissão em que o desemprego é zero. Na obra missionária, não existe desemprego! Portanto, meu irmão, fique de olhos abertos. Encha seu coração de compaixão e clame ao Senhor da seara para que mande mais trabalhadores à sua seara. E, por último, pergunte a Deus – não se esqueça de perguntar – será que ele não o está chamando para o campo?









      Alcançando nossas esferas de influência

      Às vezes Deus faz coisas dramáticas para nos chamar atenção. Em 1975 eu estava orando e considerando como os cristãos - não somente os da missão a qual eu faço parte, mas todos nós, poderiam mudar o mundo para Jesus. Uma lista veio a minha mente: categorias da sociedade nas quais eu cria que deveríamos nos concentrar para mudar para Deus. Eu escrevi, no dia seguinte eu encontrei o Dr. Bill Brihgt, fundador do Campus Crusade for Christ. Ele me disse que Deus havia dado-lhe algo, diversas aéreas para concentrar-se em trazer as nações de volta a Deus! Elas eram as mesmas áreas, apesar das palavras serem um pouco diferentes.

      Aqui está aquela lista ( refinada e clarificada um pouco ao longo dos anos ):

      Família – Lar Religião – A igreja Educação – Escolas Governo Mídia – Comunicações Artes – entretenimento e esportes Economia – Negócios, Comércio, ciência e tecnologia

      Estas sete esferas de influencia nos ajudarão a formar nações para Cristo, são ferramentas para usarmos no cumprimento de Mateus 28, discipular nações para Ele. Ele obviamente, não teve a intenção de as usarmos em JOCUM. Eu creio que o que Ele deseja é que seu povo use as sete esferas para estender o reino de Cristo por toda a terra. Sendo assim, como que nós pegamos de volta estas sete áreas que são tão influentes em qualquer nação?

      Nós devemos tomar território de satanás em oração. Como o poder do Espírito Santo, através das armas poderosas de guerra espiritual descritas em Ef. 6:10-20, 2 Co.10:1-6 e Tiago 4:7-10, nos é dito para destruirmos as fortalezas do diabo. Nós devemos orar contra a influência do inimigo em qualquer área que estamos cientes. Oração é uma parte poderosa da guerra espiritual que usamos para recapturar este mundo para Jesus Cristo.

      Nossas orações devem ser específicas. À medida que escutamos a voz do Espírito Santo em nossas mentes ele nos dirá como devemos orar. ( veja Prov. 3:5-6, Isaias 55:8, is. 59:16 ). Então nós oramos para que o Espírito Santo traga sua influência às pessoas numa área estratégica.

      Digamos que somos direcionados a orar pelo governo de uma determinada região. Devemos orar para que uma testemunha cristã venha até os indivíduos naquele governo levando-os ao Senhor Jesus.

      Depois de termos orado por uma categoria específica, seja ela governo, sistema escolar, ou mídia, seja o que for, Deus pode escolher-nos nesta mesma área pela qual estivemos orando. Ele pode chamar-nos para penetrar neste lugar de influência para Ele, colocando-nos assim como fez com Daniel ou José do Egito, numa posição de autoridade.

      Seja qual for a área de influência que Deus nos der, seja a família ou palácio presidencial, nós devemos vivenciar sua vontade em nossas vidas, não devemos fazê-lo de forma a dominar outros, mas devemos ser servos da mesma forma como Jesus o foi. Jesus deseja administrar o mundo através de nós. À medida que seguimos o exemplo de Jesus em nossas esferas de influência, nós trazemos o seu reino à terra.

      Consideramos as sete áreas de influência, agora em mais detalhes.

      Família

      Através das famílias, estamos discipulando a próxima geração, para o bem ou para o mal, nós podemos ter lares cristãos seguindo padrões bíblicos para brilhar em lugares espirituais.

      Religião

      Jesus ordenou seus discípulos que discipulassem as nações. Nós fazemos isto não estando dentro das igrejas, mas saindo pelo mundo. Igreja é onde nos alimentamos para que possamos levar o reino de Deus por toda a terra.

      Educação

      A próxima geração é influenciada diariamente em nossas escolas e universidades. Cristãos devem se envolver escrevendo currículos, ensinando, administrando e participando em associações de pais e mestres e como membros de conselhos escolares.

      Artes (celebração, entretenimento, esportes cultura)

      Qualquer território que abandonamos, satanás preenche. Isto é o que aconteceu com o mundo do entretenimento. O drama moderno nasceu como forma de evangelismo, peças de teatro medieval sobre moralidade ensinado escritura para um público que não sabia ler. Nós devemos recapturar cada forma de entretenimento para Jesus, buscando-o para dar-nos formas criativas de mostrar ao mundo o autor do drama, espetáculo, beleza, cor, vida, emoção e alegria.

      Mídia

      Jornalistas são vistos como servidores de causa própria e manipuladores. Mas ainda assim, a mídia eletrônica e a impressa são cruciais no modelar da sociedade. A maioria das pessoas da mídia tem pouca ou nenhuma crença religiosa: precisamos de cristãos para trazer a verdade para esta esfera.

      Governo

      A Bíblia é clara: O povo de Deus deve se envolver em política. Pense nos líderes da nação escolhida de Deus, tais como Davi, Salomão, e os que governaram em países pagãos, como Daniel e José, jovens que exerciam princípios piedosos e eventualmente se tornaram primeiro ministros. Se Deus levantou líderes piedosos no Egito antigo e na Babilônia, ele o pode fazer hoje. Mas se cristãos desejarem servir em governo, eles terão de enfrentar uma cova de leões moderna. Deus usará isto para purificá-los e edificar seu caráter, para produzir seu estilo de líderes, líderes servos.

      Economia

      Jesus sabia que era difícil servir a Deus quando somos abençoados materialmente. Mas Deus quer que seu povo seja bem sucedido no mundo dos negócios e sejam missionários ali. O problema não é o dinheiro, mas se o dinheiro significa mais para nós do que Deus ( veja Lucas 18:18-25 ).

      Deus nos testará nisto, e poderá pedir-nos para darmos tudo que temos. De igual modo, precisamos de cristãos chamados à ciência e tecnologia como seus campos missionários, pois nunca antes uma sociedade pode fazer tantos milagres tecnológicos e mesmo assim estar tão incertas de suas amarras morais.

      Há dois reinos – Luz e trevas e eles estão em guerra. Precisamos vencer para o Reino da Luz e o fazemos à medida que nos movemos para dentro de cada uma dessas sete áreas de influência no espírito oposto ao que satanás está trabalhando. Onde ele espalha ódio, nós devemos mostrar Amor, onde a ganância prevalece, devemos dar mais do que qualquer outro. Onde a intolerância está ganhando, devemos mostrar Lealdade e Perdão. Precisamos orar venha a nós o teu reino, seja feita a sua vontade em qualquer que seja a área de influência para qual Deus nos chamou.

      À medida que discipulamos as nações através do ouvir ao mestre e obedecê-lo, Ele nos usará para dar ao mundo sistemas econômicos piedosos, formas de governo baseadas na Bíblia, a educação ancorada na Palavra de Deus, famílias que tenham Jesus como cabeça, entretenimento que mostra a Deus em sua variedade e animação, mídia baseada em comunicar a verdade em amor e igrejas que enviam missionários para todas as áreas da sociedade, aí então veremos a grande comissão sendo completada e milhões entrando no reino.


























      O que significam as 10 pragas no Êxodo e no mundo atual.

      As 10 pragas, o juizo de Deus para esta geração, e a proteção do sangue do Cordeiro sobre as famílias


      Ex.12:1-14
      “ 1.Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito:
      2 Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano.
      3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.
      4 Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro.
      5 O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito;
      6 e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde.
      7 Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem;
      8 naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.
      9 Não comereis do animal nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo: a cabeça, as pernas e a fressura.
      10 Nada deixareis dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimá-lo-eis.
      11 Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR.
      12 Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR.
      13 O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.
      14 Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.”


      1.    a 1ª praga: As águas do Nilo transformadas em sangue. O Nilo era um deus que os egípcios cultuavam como tal.

      2.    2ª praga: rãs. Elas apareciam regularmente em abundância na metade de Dezembro, quando as águas do Nilo baixavam, e eram símbolo de fertilidade.

      3.    a 3ª e 4ª pragas: piolhos e moscas. As moscas, como outros insetos também eram adorados pelos egípcios, atribuindo a estes poderes. Belzebu, um dos nomes de satanás, quer dizer: “Senhor das moscas”

      4.    A 5ª praga: peste nos animais, a 6ª, úlcera nos homens e animais, veio para anular outro deus a quem os egípcios atribuíam poder: o boi.

      5.    A 7ª praga: saraiva, veio prejudicando não só os animais, provando mais uma vez a ineficácia do seu poder, como também as plantações, e junto com a oitava praga: os gafanhotos, acabou por mostrar definitivamente que os falsos deuses egípcios nada podiam fazer para protegerem suas plantações e criações de animais, diante de todos estes flagelos.

      6.    A 9ª praga: trevas, veio para golpear diretamente a Ra, o deus-sol do Egito. Por 3 dias houve trevas como se fosse meia-noite no país. Mas havia luz onde os israelitas habitavam.

      7.    A 10 praga atacava diretamente os primogênitos dos egípcios, também considerados deuses.

      O livramento para os israelitas veio através do Cordeiro e do sangue aspergido sobre os umbrais das portas, tipificando a grandiosa libertação através de Jesus Cristo, nosso Cordeiro Pascal que nos livra do pecado, da morte e do mundo mal.

      No mundo atual, em que vivemos, deuses que os homens levantam são cultuados, adorados no lugar do verdadeiro e único Deus, que não está satisfeito com isto, e também já tem enviado os seus juízos sobre a terra, senão, vejamos:


      1.    O mundo cultua ao dinheiro, chamado por Jesus, de “deus Mamom” (Mt.6:24) Na 1ª carta que Paulo o apóstolo escreveu ao jovem pastor Timóteo, ele fala que: “O amor do dinheiro é raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” E aos ricos ele dirige a seguinte exortação: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento.(I Tm.6:10 e 17). Na década de 60, resolveram organizar um grande jantar para os dez homens mais ricos do mundo. Naquele grande banquete estavam presentes banqueiros, donos de companhias de petróleo, proprietários de monopólios e grandes empresas. Todos conversavam alegres e sorridentes contando suas vantagens e grandes êxitos no mundo empresarial. Depois de duas décadas resolveram reunir novamente aqueles homens e para surpresa dos organizadores do evento, descobriram que: A maioria tinha falido e até se suicidado, outros se afundaram nos vícios, dois haviam enlouquecido e uns dois ou três estavam lutando com muitas dificuldades para sobreviveram à crise.
      A praga da inflação, da carestia, instabilidades financeiras, crises nas bolsas e instituições financeiras do mundo todo apontam um colapso no sistema econômico mundial. Pessoas põem fim à sua vida quando descobrem que este deus não pode satisfazer seus anseios pessoais. É o juízo de Deus sobre um mundo corrompido e mau, que inverte os valores, dando prioridade mais àquilo que é material.

      2.    O mundo cultua o sexo, a promiscuidade, a pornografia, a prostituição, ao chamado “amor livre”, que na verdade aprisiona as pessoas a toda sorte de luxúrias, depravações e imoralidades que só levam as pessoas à infelicidade e à frustração, por perceberem que isto também não satisfaz seus anseios e não preenche o imenso vazio que sentem na alma, por desconhecerem o verdadeiro amor de Deus. Os juízos de Deus também já estão aí clamando contra toda esta devassidão moral. A A . I . D . S. que alguém já traduziu como: A Ira Do Senhor, fez mais de 2,3 milhões de vítimas no ano de 1997, fez com que 8,7 milhões de crianças abaixo de 16 anos perdessem seus pais, 1,1 milhão de adolescentes abaixo de 15 anos já contraíram o vírus e muitos outros milhões ainda nem sabem. E todos os dias cerca de 16.000 contraem o chamado vírus HIV.

      3.    O mundo cultua a bebida, as drogas, o cigarro. E eles mesmo acabam sofrendo as conseqüências para estes males terríveis: Entre 100.000 e 200.000 pessoas morrem a cada ano pelo abuso destas substâncias tóxicas. Outro dado importante que vale a pena ser ressaltado: Fumar um maço de cigarro por dia pode eliminar sete anos de vida do ser humano. Uma pessoa pode morrer ao cheirar cola ou substâncias tóxicas pela primeira vez. A cada segundo uma pessoa morre pelo resultado do uso do tabaco. É o juízo de Deus, vindo como conseqüência natural dos atos insanos de uma humanidade que despreza o corpo que deveria ser o “Templo do Espírito Santo”, a vida e a saúde que Deus deu, e assim aos poucos vão dando cabo a este bem tão precioso que é o existir.

      4.    O mundo cultua a mentira, vem a operação do erro e os homens acabam acreditando nele ao invés de crer na verdade da Palavra de Deus (2 Ts.2:11) Eis aí outra forma do juízo de Deus.

      5.    O mundo cultua à pessoas, eventos, objetos, e vez por outra Deus precisa interferir executando os seus juízos, mostrando que somente Ele é Deus, digno de ser adorado, e que não divide sua glória com nenhum outro.Foi assim com Herodes, admirado como Deus, morreu comido de bichos ( At.12:20-23). Lenon quis dizer que os Beatles eram mais conhecidos e populares do que Jesus Cristo, vejam o seu fim. Do grande navio Titanic, diziam que nem Deus seria capaz de afunda-lo. Não resistiu nem à primeira viagem. E outros mais viram a ira de Deus vindo como juízo punitivo, por não darem glória ao Único e Verdadeiro DEUS, DIGNO DE SER ADORADO.

      6.    O mundo cultua a natureza, adorando a criatura ao invés do Criador. Esquecendo-se de que Ele é quem criou todas as coisas, por isto é maior do que tudo. Na Índia, o Rio Ganges, outrora rio Pison, ou Plenitude, que cortava o Jardim do Éden, é hoje um dos mais poluídos do mundo. Suas águas exalam um odor terrível e são de uma coloração muito escura, pois lá as pessoas jogam as cinzas de pessoas e até animais mortos, e assim cultuam a este rio como se fora um deus. No mundo todo exemplos absurdos como estes acontecem. E aos poucos até a natureza vai se degenerando, tornando-se um grave problema para o mundo atual, a preservação da natureza e do sistema ecológico. É o juízo de Deus contra toda esta sorte de idolatria “Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angustias até agora. (Rom.8:20-22)

      7.    Outras formas de deuses que o mundo cultua: O próprio ego, e posições na sociedade como Paulo mesmo, escrevendo a timóteo disse que nos últimos tempos os homens se tornariam “amantes de si mesmo”(II Tim.3:2). Homens cultuam até mesmo o trabalho quando se entregam a ele de forma excessiva, buscando destaque, status e prestígio na sociedade. Há ainda até mesmo o chamado “deus ventre” levando as pessoas a cultuarem e adorarem a comida, caindo na glutonaria excessiva “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” (Fil.3:18, 19). Os juízos de Deus são manifestos. E da mesma maneira como no Antigo Testamento, somente as famílias que estavam sob a proteção do sangue do Cordeiro conseguiram sobreviver, hoje é necessário que cada família esteja abrigada debaixo da proteção do sangue do Cordeiro que é Jesus Cristo, Adorando tão somente ao Único e Verdadeiro Deus, digno de todo louvor e adoração.





















      Enviando para longe aqueles que estão perto

      “Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13.1-3.)


      O primeiro versículo desse texto enumera cinco líderes da igreja em Antioquia, descritos sob a categoria de profetai kai didaskaloi (profetas e mestres). Profetes era aquele que “falava em nome de Deus”. É também utilizado no grego ático tanto para “pregador” quanto para “expositor das leis”. O didaskalos é o mestre (de didasko, ensino) aplicado para aquele que possui discípulos. E parece-me que, nesse caso, os didaskaloi estavam mais ligados à instrução dos novos convertidos em Antioquia. Nessa lista, primeiramente é mencionado Barnabé, o qual era “natural de Chipre” (At 4.36) . Logo em seguida Lucas cita Simeão, referindo-se provavelmente a um africano “Níger” (negro), e menciona Lúcio “de Cirene”, provindo do norte da África. Também lista Manaém, colaço (syntrophos, irmão de leite) de Herodes, e, finalmente, Saulo.

      O versículo 2 começa com uma ação coletiva: “servindo eles ao Senhor...” E as duas questões que devem ser levantadas aqui são: quem são “eles” e como serviam ao Senhor. Há três possibilidades para entendermos esse “eles”, já que o texto não os define: a) refere-se a toda a igreja em Antioquia; b) refere-se aos cinco líderes do verso anterior; c) refere-se a Paulo e Barnabé. Por ausência de ligação textual, creio que podemos excluir a “igreja em Antioquia”, restando-nos assim os cinco líderes do versículo 1 e Paulo e Barnabé do versículo 2. De qualquer forma, estes últimos são também mencionados na lista de líderes. Sendo assim, vamos utilizá-los como pressuposto para “eles”.

      Leitourgoi – edificadores do corpo de Cristo

      O verbo “servindo” (leitourgounton) utilizado aqui aponta para aqueles que serviam ao Senhor como leitourgoi. Havia três formas de alguém se apresentar como “servo” no contexto neotestamentário:

      Como doulos – escravo. Nas palavras de Candus, “aquele que pessoalmente acompanha o seu Senhor para realizar-lhe os desejos do coração”. Doulos, no contexto do Novo Testamento, é aquele que tem um compromisso direto com Deus; que serve diretamente ao seu Senhor.

      Como diakonos – mordomo. Aquele que serve ao seu Senhor através do serviço à comunidade. Na Bíblia, o termo é usado para aqueles que, sensíveis à necessidade do corpo de Cristo – física e espiritual – servem a Deus.

      Como leitourgos – edificador. O termo, ligado à leitourgía, não é restrito como o usamos hoje. Refere-se àquele que serve ao Senhor sendo um canal de bênçãos para seus irmãos. E essa é justamente a raiz do verbo que expressa que Paulo e Barnabé “serviam” ao Senhor. Afirma assim que eles eram, antes de mais nada, “abençoadores” ou “edificadores” do corpo de Cristo em Antioquia. Eram uma bênção, como podemos falar hoje. Eram leitourgoi e, em última análise, serviam to Kuryo (ao Senhor).

      Desse modo, podemos identificar a primeira característica apontada pelo texto a respeito desses dois homens que iniciaram a obra missionária como a conhecemos hoje. Não foi a competência intelectual, o título ministerial ou a profundidade teológica, mas sim a fidelidade, e fidelidade de vida em relação aos de perto. Isso nos ensina que aqueles que não são uma bênção perto dificilmente serão uma bênção longe.

      Spurgeon já falava, em 1885, que “nada é mais difícil do que se mostrar fiel aos de perto que bem lhe conhecem”. E aqui três rápidas aplicações poderiam ser feitas: Do ponto de vista pessoal: Não há nada mais perto de nós do que a nossa família. Aquele que não pode ser apontado pela esposa, esposo ou filhos como leitourgós no dia-a-dia em casa dificilmente será uma bênção fora dela.

      Do ponto de vista ministerial: Líderes que se destacam nos púlpitos de suas igrejas, mas fracassam com a família e amigos chegados, cedo ou tarde entenderão a incompatibilidade da Palavra com a hipocrisia. Do ponto de vista eclesiástico: Não há nada mais perto da igreja do que a própria igreja, os irmãos com os quais nos encontramos a cada semana. Se os cristãos não demonstram ser leitourgoi, uma bênção, para aqueles com os quais compartilham o mesmo banco durante os cultos semana após semana, creio que não estão habilitados a pensar em nenhum tipo de programa que leve o testemunho do evangelho aos de longe.

      Aphorizo – separando para o envio

      O texto conta que, “servindo eles ao Senhor... disse o Espírito Santo: Separai-me...” O texto não esclarece como o Espírito se manifestou e eipen – falou – à igreja. Mas toda a ação deixa bem claro que a igreja ouviu prontamente.

      O conteúdo do que o Espírito falara foi “separai-me” (aphorisate), do verbo aphorizo, que é um verbo exclusivista. Este é também usado em Mateus 25.32, quando fala que o pastor “separa” as ovelhas dos cabritos. Aphorizo se diferencia de ekklio, pois não se trata de uma separação de relacionamento (foram excluídos da igreja de Antioquia), mas sim uma separação para uma função (permanecendo ligados à igreja, são agora designados para uma função além da igreja local). É o mesmo termo usado nos Documentos de Cartago, quando cidadãos comuns eram chamados para engrossar as fileiras do exército romano. Portanto Paulo e Barnabé seriam separados porque, primeiramente, haviam sido chamados.

      É bom também entendermos que a ergon (obra) para a qual foram chamados é um termo genérico. Tanto pode significar um ato quanto uma função e poderia ser usado por se tratar de uma obra já bem conhecida por todos na igreja – a evangelização dos gentios – ou então para chamar a atenção para o ponto principal desse comando: não a obra, mas sim quem os chamou para ela. Demonstra também flexibilidade ministerial. A obra pode mudar, mas o chamado permanece, pois se baseia naquele que nos chamou.

      A expressão “jejuando, e orando” vem como um conjunto que se completa, já que, segundo Stott, “o jejum é uma ação negativa (abstenção de comida e outras distrações) em função de uma ação positiva (culto e oração)”. E continua com “impondo sobre eles as mãos”, que traz a expressão epithentes tas cheiras, a qual possui vasto significado para o conceito de envio missionário. Vejamos os principais:

      Sinal de autoridade. Esse “impor de mãos” remonta ao grego clássico – quando um pai “impunha as mãos” sobre o filho que o sucederia na chefia da família, ou seja, uma transferência de autoridade. Para Paulo e Barnabé, isso significaria que eles possuíam a autoridade eclesiástica para fazer tudo o que a igreja faria, mesmo onde esta não estivesse presente. É, portanto, simultaneamente, uma carga de autoridade e de responsabilidade. Como a igreja em Antioquia, eles poderiam pregar a Palavra, orar pelos enfermos e desafiar os incrédulos, mas, ao mesmo tempo, precisariam também compartilhar da fidelidade e da dedicação que existiam em Antioquia.

      Sinal de reconhecimento. Também era usado em momentos oficiais, como na cidade de Alexandria. Ali, quando vinte oficiais foram escolhidos especialmente para guardar a entrada da cidade, que sofria com freqüentes ataques de nômades, sobre eles “foram impostas as mãos”. Representava um sinal de reconhecimento de que eram dotados das qualidades necessárias para aquela função. Para Paulo e Barnabé, consistia no fato de que a liderança da igreja reconhecia não apenas o chamado (que era, sobretudo, claro), mas também a capacidade e os dons para cumprirem a missão.

      Sinal de cumplicidade. Encontramos também no grego clássico o “impor de mãos” no sentido de cumplicidade. Quando generais eram enviados a terras distantes para coordenar uma província, as autoridades “impunham as mãos”, demonstrando ao povo que eles não seriam esquecidos”; ou seja, permaneciam como parte do corpo. Para Paulo e Barnabé, significaria dizer que, por mais distantes que fossem, permaneceriam ligados à igreja de Antioquia. Dava a entender que a igreja continuaria responsável por eles, amando-os, torcendo para que tudo desse certo e, com certeza, sustentando-os. Ao meu ver, impor as mãos como sinal de autoridade e reconhecimento não é tão difícil como impô-las como sinal de cumplicidade, pois este último é um ato contínuo que demanda dedicação e profundo amor. Kent Norgan afirmou que “é mais fácil amar aquele que se vê e ter compaixão pelo que está sempre ao seu lado”.

      Por fim os membros da igreja “os despediram” (apelusan), do grego apoluo, que significa “fazer as honras do envio”. Creio que havia aqui um aspecto prático, em que os líderes e os irmãos pensaram também nas necessidades práticas de Paulo e Barnabé. Apoluo é uma expressão formal, portanto leva-nos a crer que não foram despedidos de forma simples. Houve antes um culto no qual a igreja se reunira oficialmente para enviá-los – um abençoado culto de envio.

      Temos aqui alguns princípios que podem ser observados no envio missionário:

      No processo do chamado não há apoio bíblico ao individualismo. Isso significa que não é válida a posição de irmãos que alegam ter recebido a direção do Espírito Santo quanto à vocação missionária mas que desejam levar adiante sua missão sem a participação da igreja local. Mesmo em um contexto para-eclesiástico, a igreja local precisa permanecer na linha de frente no processo de seleção e confirmação do chamado. Precisamos crer que o Espírito fala à igreja e devemos esperar submissão daqueles que foram chamados.

      No desafio ao envio missionário devemos evitar o institucionalismo. É o outro lado da mesma moeda: a igreja tomando decisões e definindo metas, estratégias e prioridades a despeito da visão daqueles que foram chamados. Precisamos crer que Deus colocará, nesses co-rações, de maneira diáfana, os desejos certos e a motivação que vêm do Alto.

      Não devemos enviar para longe aqueles que não são uma bênção perto. Um critério bíblico que encontramos aqui é que irmãos sobre os quais pesam nossa esperança de abençoar os que estão distantes de nós devem, primeiramente, ser reconhecidamente uma bênção para nós, que estamos perto.

      No processo do envio missionário, o cordão umbilical não é cortado. No momento do envio, passamos para os enviados, pela autoridade eclesiástica, o reconhecimento de que são qualificados e, especialmente, cumplicidade com a obra para a qual foram separados.

      Deus fala a muitos, contudo me parece que aqueles que se humilham ouvem mais a voz dele. Ninguém sabe ao certo como e quando Deus falará, que ouvirão a voz do Senhor.
      Texto: I Tm 1:15,16; 2:3,4
      Para todas as coisas nesta vida existe uma razão, um propósito. A exemplo disto temos as industrias automobilísticas que tem o objetivo de produzir veículos por causa da necessidade humana de locomoção. Quando surge uma necessidade de alguma forma ela precisa ser suprida.
      Por causa do pecado surgiu a necessidade de se fazer missões,pois o homem foi afastado de Deus e a cada dia esta distância aumenta mais, não pela vontade de Deus , mas porque o homem se afunda cada vez mais no pecado, portanto isto o afasta de Deus. Sendo Deus conhecedor de tudo, ao longo da historia tem executado seu plano missionário e a bíblia é o registro deste plano.
      Vamos discorrer sobre 3 razões porque falamos e fazemos missões.
      1. Porque missões é o desejo de Deus de ver todos os homens salvos e conhecendo a verdade. I Tm 2:4.
        1. Isto implica que:
          1. todos os homens estão perdidos. Rm 3:23
          2. muitos estão sendo enganados.
          3. as pessoas precisam ser conscientizadas de sua situação.
        2. Satanás quer mante-los cegos. II Co 4:4
          1. Por isso ele luta para que vivam nos vícios, na prostituição, na jogatina, nas religiões, etc
          2. Pois ele sabe se permanecerem onde estão receberão a morte como recompensa. Rm 6:23a
          3. Pois ele sabe que só a luz do evangelho pode produzir mudança.
      2. Porque missões e fruto de compromisso. I Tm 1:15
        1. Deus comprometeu-se pessoalmente com o homem
          1. Missões não brotaram do acaso, a bíblia afirma que Cristo morreu por nós desde a fundação do mundo.
          2. Quando o homem pecou Deus comprometeu-se a salvá-lo antes mesmo de anunciar o castigo pela desobediência. Gn 3:15
          3. Ele não foi pego de surpresa, na sua soberania já tinha tudo preparado, embora seu plano se concretizou somente muitos anos depois.
        2. Só faço missões se estou comprometido com Deus
          1. Não a como desvencilhar uma coisa da outra.
          2. Deus esta totalmente comprometido com missões.
          3. Não existe esta idéia de estar comprometido com Deus, sem estar comprometido com missões.
          4. Se você tem pensado ou agido desta maneira é preciso rever seus conceitos.
        3. A ultima ordem de Jesus antes de subir aos céus foi “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Mc 16:15
          1. Não foi uma opção que Ele deixou, mas uma ordem.
          2. Não existe igreja, se a mesma não esta comprometida com missões.
          3. Igreja é fruto e resultado da obra missionária seja onde for.
      3. Porque missões é prova de amor.
        1. Como saberia que Deus me ama se Ele não demonstrasse?
          1. Por isso um dos versos mais conhecidos da bíblia fala de missões. Jo 3:16
          2. Se ficássemos apenas com a primeira parte do verso, não compreenderíamos o amor de Deus.
          3. Só o entendemos por causa da segunda parte, que foi o fato de Deus ter dado seu filho para morrer em nosso lugar.
        2. Deus não fez ou faz missões por obrigação, se assim podemos dizer
          1. É tão somente o seu amor que o impulsiona a fazê-lo
          2. Ele usou todos os seus recursos, até mesmo o seu bem mais precioso “Jesus Cristo” seu único filho.
          3. No que depender dEle todos os homens serão salvos, mas sabemos que nem todos querem.
        3. Não há maior prova de amor a Deus do que eu ser um missionário.
          1. Sabemos que nem todos irão ao campo
          2. Mas eu posso ser um missionário mesmo na retaguarda.
            1. sustentando em oração
            2. sustentando financeiramente
            3. animando através de correspondência
          3. Deus ama e honra pessoas que estão assim comprometidas, não apenas de lábios, mas de fato e de verdade.
      4. Conclusão
        1. Conhecemos a vontade e o desejo de Deus.
        2. Mostremos então nosso compromisso com Ele fazendo missões, muito mais do que temos falado.
        3. Que missões seja a marca do nosso amor para com Deus.

      Cristo morreu para comprar com seu sangue os que procedem de toda tribo, povo, língua e nação. Depois que ressuscitou dentre os mortos comissionou sua igreja a fazer discípulos de todas as nações. O campo é o mundo. A mensagem é o evangelho da graça. Os mensageiros são todos aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro. Os recursos para fazer esta obra são aqueles que estão em nossas mãos. Todos os recursos de Deus para o avanço de sua obra estão em nossas mãos. Somos seus mordomos! Destacamos algumas verdades importantes sobre o papel desta igreja como agência do Reino de Deus na proclamação do evangelho nesta cidade, neste país e até aos confins da terra.
      1. Fazer missões é uma obra que exige urgência - O trabalho missionário não pode esperar. A seara é grande, os trabalhadores são poucos e o tempo urge. Não há esperança para os pecadores fora de Cristo. Não há salvação senão no evangelho da graça. Ninguém pode ser reconciliado com Deus por meio das obras, da religião ou dos sacrifícios. Somente Cristo é o caminho para Deus. Somente ele é a porta do céu. Só ele é o mediador entre Deus e os homens. Qualquer outra mensagem é inútil. Qualquer outro atalho somente conduzirá os homens à desilusão e à perdição eterna. A evangelização dos povos é uma tarefa impostergável. Deve ser a prioridade absoluta da nossa agenda. É tempo de sermos luz para as nações. É tempo de investirmos o melhor dos recursos que Deus nos tem dado na obra missionária.